O sentido da inovação
Para começar nossa conversa sobre projetos educacionais inovadores, considero importante ficar claro o que entendemos pelo termo inovação. Para isso, cito aqui o texto Mudança e inovação educacional: notas para reflexão, de Graciela Messina, que trata das mudanças significativas por que passaram o conceito e a prática da inovação nos últimos cinquenta anos.
Desse estudo, destaco três pontos:
A referência aos dois componentes que distinguem a inovação: a) a alteração de sentido a respeito da prática corrente e b) o caráter intencional, sistemático e planejado, em oposição às mudanças espontâneas;
A ressalva de que a inovação não é um fim em si mesma, mas um meio para transformar os sistemas educacionais; e
A afirmação de que “a diferença que conta é aquela relacionada com o sentido, se por acaso a inovação torna possível que os sujeitos e as instituições sejam mais donos de si, mais plenos e autônomos em sua maneira de ser, fazer e pensar ou, ao contrário, os submete a uma lógica única, aceita como natural”.
Quando essas premissas são aplicados à inovação no contexto educacional, de fato, faz todo sentido. Mas, como eu disse, é só um início de conversa.