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Engenharia do laço social?


Uma criança que acorda com sede no meio da noite, mas, paralisada pelo medo do escuro, não consegue chegar ao copo d’água.

Foi assim que me senti quando li a proposta do nosso fórum de ambientação na disciplina Tutoria e Docência On-line. A ideia era discutir a importância da pedagogia do laço social. Com um receio terrível de não alcançar esse conceito, quase virou mais um motivo para minha evasão. Porém, lendo um trecho da introdução do livro de Pierre Lévy, mencionado pelo Prof. Eri (p. 32), vi que se trata da “arte de suscitar coletivos inteligentes e valorizar ao máximo a diversidade das qualidades humanas” (grifei). Mais adiante, li que o núcleo (ou utopia) da engenharia do laço social é “que o valor das coisas se exprima segundo os mesmos signos que a identidade das pessoas (e não o contrário!), que todo o nosso ambiente volte a ser humano”.

E foi aí que, voltando à imagem da criança, encontrei uma lanterninha: um texto trabalhado em um curso da Profª Renata Kurtz (2009) sobre a interação socioafetiva no ambiente online dentro do contexto educativo. Reproduzo, a seguir, pelo menos dois trechos que guardam relação com a ideia de, mesmo em ambientes virtuais, valorizar as qualidades humanas e a identidade das pessoas (o conceito de engenharia do laço social). Quem se interessar pelo texto na íntegra, pode acessá-lo aqui.

“No ciberespaço, o docente deve propiciar a aceitação do outro como legítimo outro na convivência online (amor) através da afetividade empenhando-se para que o aluno sinta-sevisto, notado, considerado e acredite realmente que é amado. Estas emoções são comportamentos que manifestam respeito e confiança, e estimulam emoções como bem-estar, motivação e participação nos participantes. Nesse caso, professor e aluno estão presentes na relação, não há negação do indivíduo, ainda que por meio do computador.” (p.8).

(...)

“É fundamental, em primeiro lugar, que o docente conheça e compreenda o fenômeno do relacionamento interpessoal e suas influências na aprendizagem (objetivo da seção 1 deste texto) para que possa se sensibilizar diante do outro em uma interação. Somente assim, o professor será capaz de adotar uma postura aberta em relação ao ser humano e às suas idiossincrasias, ou seja, aceitar o outro na convivência, respeitar suas diferenças e valorizar sua presença, seu discurso e sua participação, perceber necessidades específicas de atenção de um ou outro participante e corresponder a essas necessidades, sempre que possível.” (p. 11)


É, com perdão do trocadilho, acho que encontrei uma luz no fim do corredor. Para meu alívio...

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