Entre o dito e o feito

Em outras oportunidades neste blog, comentei sobre minha dificuldade de enxergar o Facebook como ambiente virtual de aprendizagem. Nesta reflexão (quase) final, quero relatar uma experiência pessoal muito positiva sobre o uso da Internet na educação. Refiro-me à forma como percorremos a disciplina Tendências em Tecnologia Educacional e EAD. Para isso, menciono artigo do Professor Moran, absolutamente atual, embora datado de 1997. Ali, afirma-se que a Internet é melhor aproveitada quando inserida em processos comunicacionais que integrem dimensões pessoais, comunitárias e tecnológicas. Penso que as potencialidades pedagógicas da rede foram muito bem exploradas naquela disciplina. A própria metodologia, definida pelo experiente professor, facilitou isso. Desde o primeiro momento fomos estimulados a pesquisar, analisar e produzir em torno de cinco temas definidos no seu plano de ensino. Tivemos acesso a farta bibliografia, com referências interessantes, cuidadosamente separadas pelo nosso mestre.

Para mim, ficaram muito claras, no percurso da nossa disciplina, as quatro categorias de aplicações pedagógicas listadas por Moran: de pesquisa, porque tínhamos que investigar sobre temas pertinentes; de divulgação, quando fomos instigados a publicar num blog (ou outro espaço digital que preferíssemos) as descobertas resultantes de nossos estudos; de apoio ao ensino, com os ricos materiais que o professor nos indicava, sempre com uma orientação ou uma pergunta norteadora; e de comunicação, já que, mesmo à distância, tivemos oportunidade de conversas síncronas - por meio de Hangout, Skype ou mesmo pela ferramenta webconferência de nosso AVA – e assíncronas, tanto com uso de nosso grupo no Facebook (um meio que não me agradava muito), como por e-mail pessoal e até por celular – neste caso, graças à disposição e disponibilidade fora do comum do Professor Moran! Clara demonstração de como a internet integrada à educação pode contemplar dimensões pessoais, comunitárias e tecnológicas.

Com essa ponte entre os escritos e as ações, o curso Inovação em Tecnologias Educacionais mostra que é possível subverter alguns velhos ditados: "falar é fácil, fazer também" ou "faça o que eu digo... e faça o que eu faço".