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Refletindo sobre avaliação em EaD

Num dos fóruns da disciplina Avaliação, fizemos uma reflexão sobre avaliação em educação a distância, a partir de um artigo dos nossos professores Mattar e Czeszak (2013). Identifiquei ali alguns elementos que se correlacionam com pressupostos que Nunes e Vilarinho (2006) mencionam para estimular uma avaliação processual, dialógica e significativa. Indico-os a seguir.


Quando mencionam a importância de, mesmo antes do início do curso, usar instrumentos e estratégias para conhecer as características dos alunos (avaliação de entrada), os autores remetem ao pressuposto 1, segundo o qual o diálogo é a essência da avaliação.


Ao discorrer sobre a avaliação de alunos e de cursos, o texto explicita um outro pressuposto, o de que a avaliação interessa a todos os envolvidos, alunos, tutores e instituição.


Lendo a referência a propostas de avaliação continuada, em que os alunos são avaliados do começo ao fim do curso por sua participação em todas as atividades, e não apenas por uma ou outra prova ou atividade em datas determinadas, associo isso ao pressuposto 3, de que a avaliação da aprendizagem dos alunos só se torna consistente quando se faz em uma relação de todo o processo.


Quando citam as rubricas como forma de explicitar critérios definidos, observáveis e mensuráveis, e os portfólios como meio de registrar o processo de aprendizagem, Mattar e Czeszak explicitam o pressuposto 4, segundo o qual a avaliação da aprendizagem torna-se mais abrangente quando entrelaça aspectos qualitativos e quantitativos.


Tratando da avaliação formativa do curso em seus diversos estágios de revisão/validação, e pensando nos desdobramentos desses, podemos identificar mais um pressuposto, o de que a avaliação é instrumento de transformação/mudança.


Finalmente, ao mencionar a autoavaliação, em que “o avaliador é o autor da ação, da produção ou da performance avaliada”, e como tal, responsável e consciente pelo seu processo de aprendizagem, o artigo de nossos professores nos faze pensar na importância de os alunos se autoavaliarem para alcançar a metacognição, para entender seu processo de construção do conhecimento. Isso nos remete ao pressuposto 6, que coloca a autoavaliação como elemento-chave para alunos e tutores conscientizarem-se das suas dificuldades e conquistas.


REFERÊNCIAS:

NUNES, L.C.; VILARINHO, L.R.G. Avaliação da aprendizagem no ensino on-line em busca de novas práticas. In: SILVA, M.; SANTOS, E. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação on-line. São Paulo: Loyola, 2006. p.109-122.


MATTAR, J.; CZESZAK, W. Avaliação em Educação a Distância. In: FARIA, E.M.B; Sousa, H.M.; FERNANDES, T.A. (Org.). Educação a distância: textos aplicados a situações práticas. João Pessoa: Gráfica São Mateus, 2013. p. 73-98.

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